A árvore cantante
Foi com uma árvore cantante que Paulo Alves conquistou o Prémio Literário do Médio Tejo 2018, na categoria de não-ficção.
O ilustrador e consultor ambiental já viu o céu em diversas partes do mundo, como Djibuti, Indonésia e Egipto, e, além das tintas, também gosta de sujar as mãos na terra. “No seu íntimo [Paulo Alves] combina a rudeza da terra com a sensibilidade visual apurada por uma curiosidade estruturante que o fascina. Tem por hábito deambular pelos campos à procura de aves para fotografar, desenhá-las em pormenor e partilhar o conteúdo com o mundo científico, isto é, transforma o ato em cultura científica especializada e a cultura do desenho em obra de arte. Neste livro, o Paulo quebra o silêncio físico de si mesmo e os seus códigos de comunicação habituais. Ilustração e texto dão corpo a uma narrativa que se abre a um horizonte de conhecimentos alargados, mais maduros, sem opacidade, elucidativos do seu estado de espírito atual.” (In Prefácio, por Pedro Gouveia).

Paulo Alves 

Nasceu em Abrantes em 1989.  Em criança desenvolveu uma enorme paixão pelo meio natural. Aos 12 anos comprava os seus primeiros binóculos e saía de casa para observar aves, motivado pela curiosidade de saber mais e mais sobre a ornitologia. Iniciava-se assim na prática do birdwatching… Esse fascínio pelos seres alados juntou forças com a aptidão para o desenho e, enquanto devorava livros ilustrados pelos seus artistas prediletos, dava os primeiros traços a carvão e só mais tarde usou a cor, tendo a aguarela e o acrílico como meios artísticos preferenciais.  Atualmente, para além de ilustrador freelancer, trabalha como consultor ambiental em projetos de conservação e monitorização de aves migradoras que já o levaram a países como o Egito, a Indonésia ou o Djibuti.