Sugestões de Leitura
Porque ler não é apenas juntar letras para formar sílabas,que formam palavras, que formam frases. Etimologicamente ler é apreender, interpretar sentidos. Por isso o nosso lema é "vemos, ouvimos e lemos..."
2020
Rita e a floresta dos legumes
A Biblioteca Municipal António Botto apresenta como sugestão de leitura o livro Rita e a floresta dos legumes, escrito por Rita Redshoes e Narciso Moreira, ilustrado por Ana Gabriela, das Edições Betweien. A Rita tem um apetite voraz! Adora comer de tudo um pouco! Mas, nem sempre assim foi. Em criança, a Rita perdia o apetite quando via legumes no prato de refeição que os pais confecionavam para ela, todos os dias, com carinho e cuidado. Mas tudo mudou um dia, quando, ao encostar os legumes na beira do seu prato, como que em protesto pelas opções culinárias dos progenitores, um fenómeno estranho aconteceu. Os legumes, outrora coloridos, mudaram de cor! Tornaram-se cinzentos, tristes e incompreendidos. Somente uma viagem mágica a uma floresta repleta de verduras gigantes, na companhia de uns amigos muito especiais, fez com que a Rita percebesse o porquê da constante presença dos legumes no seu prato de comida. Queres saber mais sobre esta aventura? A Rita conta-te e canta-te esta história! Esta sugestão de leitura surge a partir do projeto pedagógico de promoção de uma alimentação e estilos de vida saudáveis Rita e a floresta dos legumes, dirigido para alunos do ensino pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, desenvolvido pela artista musical Rita Redshoes, em parceria com a empresa Betweien. A dieta mediterrânica, a roda dos alimentos, os alimentos locais e da época, as técnicas culinárias saudáveis e tradicionais e o exercício físico são algumas das temáticas exploradas no projeto, que chegarão ao público estudantil através não apenas da história infantil, mas também de temas musicados pela Rita e/ou uma peça de teatro, que será a adaptação da narrativa do livro ao teatro. | Há muitos, muitos anos, no tempo em que residias somente no bater ritmado do coração do teu pai e da tua mãe, a jovem Rita fazia amizade com os tambores, os pratos e as baquetas do grupo de teatro da sua escola. 1997 era o ano que corria, - Vê lá tu! No século passado! - quando, compassada pelo som de uma bateria, deu os primeiros passos na música. Só na música, porque ela já andava desde o primeiro ano de vida! Depois, a ‘amiga bateria’ apresentou-lhe os companheiros, outros instrumentos, com os quais criou e interpretou lindas melodias, que resultaram na colaboração em inúmeros projetos musicais com nomes estranhíssimos, como: ‘As abelhas atómicas’ (Atomic bees), ‘Fotografias’ (Photographs), ‘O cão vermelho rebelde’ (Rebel red dog), ‘O lendário homem-tigre’ (The legendary tigerman), o ‘Noiserv’ (Não sei o que significa, creio que tem a ver com barulho!), a GNR (É verdade! Juro! Eu também não sabia que, no século passado, a polícia tinha um grupo de música!)… Ah espera, ao que parece também colaborou com um músico com um nome normal, David Fonseca! Porque estudou muito, sim a Rita teve de estudar! Achavas que isto de viver para e da música não carecia de estudo? Enganas-te! Estudou canto lírico e piano, finalizando o Curso Profissional de Música e Novas Tecnologias. Como a música cura muitas das feridas que temos dentro da cabeça, a Rita também estudou Psicologia Clínica. E, desde então, a cantar, ajuda aqueles que sofrem dores de cabeça, tanto em Portugal como no estrangeiro! Sim, a Rita teve de ir a outros países cantar. Se calhar, os cantores dos outros países não são tão bons quanto a Rita a curar os males da cabeça! Já esteve no Festival South By Southwest (EUA), no Eurosonic (Holanda) ou no Festival Peace & Love (Suécia). Procura estes locais no mapa-mundo e verás que estes sítios ficam mesmo muito longe! Um certo dia, a Rita decidiu que queria trabalhar sozinha. Eu acho que os nomes estranhos dos grupos com quem trabalhou a assustaram. Em 2008, apresentou o seu primeiro álbum a solo. ‘A solo’ significa sozinha, como referi em cima. Mas, não sei porquê, também o batizou com um nome estranho: “Golden Era”. Afinal, os nomes estranhos não a assustam! Em 2010, publicou "Lights & Darks", em 2014, “Life is a Second of Love” e, em 2016, “Her”. Para além da música, a Rita também gosta muito de escrever histórias e de desenhar. Tem três obras editadas: “Sonhos de Uma Rapariga Quase Normal” (2015, Guerra & Paz), o livro infantil “O Gato Surucucu e o Corvo Negro” (2016, Science4you) e “Peter Pan” (2017, Empresa).
(Betweien) |
José Alberto Marques
José Alberto Marques
Sugestão de leitura da obra de José Alberto Marques com texto e leitura de Francisco Lopes.
José Alberto Marques, escritor abrantino nascido em Torres Novas, é um dos grandes nomes da poesia experimental portuguesa e autor do primeiro poema concreto publicado em Portugal.
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Os Despojos do dia
Os Despojos do dia
Sugestão de leitura do romance de Kazuo Ishiguro, com texto e leitura do bibliotecário Francisco Lopes.
Kazuo Ishiguro, escritor inglês de origem japonesa, foi Prémio Nobel da Literatura em 2017.
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As velas ardem até ao fim
As velas ardem até ao fim
Sugestão de leitura do romance de Sándor Márai, com texto e leitura do bibliotecário Francisco Lopes.
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Maria Velho da Costa
Prémio Camões 2002 Maria Velho da Costa (n. 1938) é licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa e tem o curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi leitora do King's College em Londres, presidente da Associação Portuguesa de Escritores e adida cultural em Cabo Verde. Ficcionista, ensaísta e dramaturga é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, de "Novas Cartas Portuguesas", um livro que se tornou um marco no nosso país pela abordagem da situação das mulheres nas sociedades contemporâneas, e que viria a ser apreendido pela polícia política do antigo regime. A sua escrita situa-se numa linha de experimentalismo linguístico que viria a renovar a literatura portuguesa nos anos 60 e, como afirmou Eduardo Lourenço, é "de um virtuosismo sem exemplo entre nós". É autora, entre outras obras, de "O Lugar Comum" (1966), "Maina Mendes" (1969), o já citado "Novas Cartas Portuguesas" (1972), em colaboração, "Casas Pardas" (1977), Prémio Cidade de Lisboa, "Lucialima" (1983), que foi Prémio D. Dinis, da Fundação da Casa de Mateus, "Missa in Albis" (1988), Prémio de Ficção do PEN Clube, "Dores" (1994), um volume de contos, em colaboração com Teresa Dias Coelho, ao qual foi atribuído o Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários e o Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, a peça de teatro Madame", a partir de Eça de Queirós e Machado de Assis, um êxito retumbante de palco, interpretado por Eunice Muñoz e Eva Wilma, e "Irene ou o Contrato Social", distinguido com o Grande Prémio de Ficção APE de 2000. Em 1997 foi-lhe atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora, pelo conjunto da sua obra, que se encontra traduzida em várias línguas. Participou no Festival do Imaginário, em Abrantes, em 1996. In: https://www.assirio.pt/autor/maria-velho-da-costa/13358
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DESTAQUES IMPRENSA - 23/24.05.2020 https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa https://tvi24.iol.pt/sociedade/morte/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa https://www.dn.pt/cultura/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa-12232090.html https://expresso.pt/sociedade/2020-05-23-Morreu-a-escritora-Maria-Velho-da-Costa https://www.sabado.pt/vida/detalhe/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa-tinha-81-anos https://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa?ref=Mundo_CmaoMinuto https://sol.sapo.pt/artigo/697707/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa https://www.tsf.pt/portugal/cultura/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa--12232150.html https://www.rtp.pt/noticias/cultura/morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa_n1231339 https://caras.sapo.pt/noticias/2020-05-24-morreu-a-escritora-maria-velho-da-costa/
| BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NA BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO
BARRENO, Maria Isabel; HORTA, Maria Teresa; COSTA, Maria Velho da - Novas cartas portuguesas. 7ª ed. Lisboa: Dom Quixote, D.L. 1998. ISBN 972-20-1500-1 CARVALHO, Armando Silva; COSTA, Maria Velho da - O livro do meio. Lisboa: Caminho, 2006. ISBN 972-21-1840-4 COSTA, Maria Velho da - O amante do Crato. Porto: Assírio & Alvim, 2012. ISBN 978-972-37-1647-4 COSTA, Maria Velho da - Casas pardas. 3ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 1986 COSTA, Maria Velho da - Cravo. 2ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 1994. ISBN 972-20-1151-0 COSTA, Maria Velho da - Desescrita. Porto: Afrontamento, 1973 COSTA, Maria Velho da; COELHO, Teresa Dias - Dores. Lisboa: Dom Quixote, 1994 COSTA, Maria Velho da; CABRITA, António - Inferno. Almada: Íman, D.L. 2001. ISBN 972-8665-13-X COSTA, Maria Velho da - Irene ou o contrato social. 2ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 2001. ISBN 972-20-1749-7 COSTA, Maria Velho da - Lúcialima. 2ª ed. Lisboa: O Jornal, imp. 1983 COSTA, Maria Velho da - Madame: sobre textos de Eça de Queirós (Os Maias) e Machado de Assis (Dom Casmurro). Lisboa: Sociedade Portuguesa de Autores: Dom Quixote, 1999. ISBN 972-20-1645-8 COSTA, Maria Velho da - O mapa cor de rosa: (cartas de Londres). Lisboa: Dom Quixote, 1984 COSTA, Maria Velho da - Myra. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008. ISBN 978-972-37-1369-5 |
Rubem Fonseca
Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no Brasil, a 11 de maio de 1925. Formado em Direito, começou a escrever aos 17 anos, mas chegou a exercer funções como comissário de polícia nos anos 50. É um dos mais prestigiados escritores brasileiros contemporâneos e um dos expoentes máximos da literatura de língua portuguesa. Traduzido em todo o mundo, foi galardoado com seis prémios Jabuti e, pelo conjunto da sua obra, com o Prémio Camões em 2003. Em 2015, recebeu o Prémio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL).
É autor de uma vasta obra narrativa, contista e romancista que tem vindo a ser publicada em Portugal, desde 2010, pela Sextante Editora. A Cólera do Cão (1963), O Caso Morel (1973), Feliz Ano Novo (1976), O Cobrador (1979) e Carne Crua - uma coleção de 26 contos inéditos lançada em Portugal há precisamente um ano - são alguns dos seus títulos incontornáveis. A este que viria a ser o seu derradeiro título, no catálogo da Sextante Editora juntam-se O Selvagem da Ópera, Calibre 22, Axilas e Outras Histórias Indecorosas, Histórias Curtas, Amálgama, Buffo & Spallanzani, A Grande Arte, José e Agosto, obra que inspirou uma célebre série da Rede Globo.
Faleceu a 15 de abril de 2020, vítima de um enfarte do miocárdio.
In: https://www.sextanteeditora.pt/autor/rubem-fonseca/23271
PRÉMIOS 1969 - Prémio Jabuti por Lúcia McCartney (Brasil)
| BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NA BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO
FONSECA, Rubem - Bufo & spallanzani. 24ª ed.. São Paulo: Companhia das letras, 1991. ISBN 85-7164-152-8 |
Luis Sepúlveda
Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e morreu a 16 de abril de 2020 em Oviedo, Espanha. O seu pai era militante do Partido Comunista e proprietário de um restaurante. A mãe era enfermeira e tinha origens mapuche. Cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a admiração de milhões de leitores.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço – que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica –, uma honra de definiu como «uma emoção muito especial».
Para além de romancista, foi realizador, roteirista, jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto, só ficaria cinco meses na capital soviética, uma vez que foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas.
In: https://www.portoeditora.pt/autor/luis-sepulveda/6581
PRÉMIOS 1970 - Prémio Casa das Américas , por Crónicas de Pedro Nadie (Cuba)
https://www.sabado.pt/vida/detalhe/porto-editora-manifesta-pesar-pela-morte-de-luis-sepulveda https://www.rtp.pt/noticias/cultura/covid-19-morreu-escritor-chileno-luis-sepulveda_v1221242 https://observador.pt/2020/04/16/morreu-luis-sepulveda-o-escritor-do-exilio-e-das-fabulas-magicas/ https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/morreu-luis-sepulveda-vitima-de-coronavirus https://www.dinheirovivo.pt/geral/morreu-o-escritor-chileno-luis-sepulveda-com-covid-19/ https://eco.sapo.pt/2020/04/16/escritor-luis-sepulveda-morreu-vitima-do-coronavirus/ https://www.dn.pt/cultura/morreu-luis-sepulveda-vitima-de-covid-19-12077397.html https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/morreu-luis-sepulveda-vitima-de-coronavirus https://famashow.pt/famosos/2020-04-16-Escritor-Luis-Sepulveda-morre-vitima-de-Covid-19 | BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NA BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO
SEPÚLVEDA, Luis - Diário de um killer sentimental. Porto: Público, D.L. 2002. ISBN 84-96075-75-3 |
2018
Na reconstituição da personalidade e do percurso da vítima, da noite em que tudo aconteceu, na apropriação que o narrador faz da ligação com o primo morto (forjada pelos enganosos mecanismos da memória) – e de que faz parte essa outra busca mais ampla das dobras do tempo e do esquecimento – são utilizados os mais diversos materiais: arquivos da imprensa da época, arquivos judiciais, testemunhos de amigos e familiares, e a literatura, propriamente dita – como uma possibilidade de verdade, sempre.
A Pura Inscrição do Amor reúne poemas que Nuno Júdice escreveu ao longo dos anos e que são dedicados a este tema. Nele se incluem, a abrir, os conjuntos de poemas Pedro, Lembrando Inês e Carta de Orfeu a Eurídice, ambos publicados em simultâneo em abril de 2001 sob o título Pedro, Lembrando Inês, que se encontrava esgotado há muito tempo.
Este livro consiste numa recolha das "memórias" das pessoas que frequentam os ateliers Viver.Sénior que a Cres.Ser mantém em várias localidades do concelho de Abrantes. Usos e costumes, lendas e estórias, orações e... vários outros tipos de material que se procura aqui evitar que caia no esquecimento. Salvar, sob a forma de memória publicada, um tempo que já não volta e de que são cada vez menos as testemunhas. É um projeto da Cres.Ser - Associação de Desenvolvimento Pessoal e Comunitário.
Depois de Vidadupla, que reúne um conjunto de contos, a Quetzal publica o primeiro romance do popular cantor e compositor, agudo cronista e bardo dos últimos quarenta anos portugueses. Os insondáveis e pedregosos caminhos do coração, amores imperfeitos que se sublimam até à perfeição e pureza do diamante. |
Esta é a história de um Príncipe feio, gordo, baixote, careca, coxo, gago, vesgo e solitário que inventou o abecedário e descobriu o poder das palavras. E para que servem as palavras, afinal? O que terão elas feito por ele? O que poderão elas fazer por nós? Talvez nem ele saiba, talvez ninguém saiba ao certo, talvez esta seja apenas uma estranha história.
Livro interativo, escrito para ajudar crianças de todas as idades a ver o nascimento de um novo bebé pela lente da poesia, da simplicidade e da humanidade que faz fluir o amor e une os corações. Apaixonadas pela valorização do papel da mulher enquanto mãe, do homem enquanto pai e do próprio evento familiar e social que é o nascimento de uma criança, as duas autoras do projeto "A Materninha vai ser mãe", Vera Freitas e Cláudia Pinheiro, lançaram-se no desafio de dar corpo a uma ideia: levar às escolas a Materninha, uma boneca de trapos que, com o seu companheiro, mostram às crianças o que é ser mãe, ser pai e dar à luz um bebé.
Texto e ilustrações de Sérgio Godinho. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004. Este livro é escrito e ilustrado por Sérgio Godinho. Fala-nos dos medos da infância, "alguns mais fortes que nós", de como ultrapassamos outros (" ... o cavalo chegou-se à minha mão aberta, que tremia com a maçã em cima. Era a única coisa que lhe podia dar. Foi a única coisa que ele levou. Adeus cavalo, adeus medo dos cavalos."). Até à história que o avô Francisco Magalhães, tipógrafo de profissão, escreveu para o seu filho João de cada vez que ele tivesse medo. Porque o medo também faz parte de nós (quem não tem medo?) mas quando começa a ser exagerado, "a abusar", é preciso controlá-lo, nem que para tal seja preciso "saltar, correr, espernear, lutar, falar, responder, perguntar, ou, muito simplesmente, pensar."
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2017
Depois do sucesso de Os bebés também querem dormir, o novo livro de Constança Cordeiro vem falar das mães e das suas necessidades. As principais decisões e dilemas que envolvem o processo da gravidez, o pós-parto, a amamentação, o sono, a relação com a família e a gestão do dia-a-dia com um bebé nos primeiros 2 anos.
Este livro descreve um mundo em guerra entre o Norte rio e o Sul pobre, em que os pobres do Sul tentam por todos os meios ter acesso ao bem-estar do Norte, e os do Norte usam todos os meios para conservar a riqueza só para si. Sandro Wiilliam Junqueira não apresenta soluções.
NÃO SE PODE MORAR NOS OLHOS DE UM GATO
É uma viagem de seis meses por entre quatro países da América do Sul, num relato de uma autora portuguesa embrenhada em paisagens remotas: vulcões, desertos, cordilheira dos Andes, florestas, oceano. É também um encontro com os povos milenares daquela parte do mundo, num quotidiano de aventura, como quem procura tudo o que se pode e não pode descobrir.
“(…) Estamos perante uma visão do mundo de feição romântica, que concentra no amor a justificação da existência. É certo que o romantismo nunca deixou de influenciar a poesia portuguesa, e que os neo-confessionalismos recuperaram o tema do sofrimento passional, mas as poetas têm-se mostrado reticentes a esse discurso que o feminismo estigmatizou, acusando-o de idealizar a mulher ou mitificar o homem, tornando-os criaturas falsas, alienadas. Em autoras mais novas, o lirismo amoroso, mesmo quando é sugerido, vê-se logo ironizado ou sabotado. Nesse sentido, a poética de Maria do Rosário Pedreira parece deslocada no tempo, e assume todos os riscos «intempestivos» de um aparente confessionalismo sentimental.” (do Prefácio, de Pedro Mexia)
O título é, de certa forma, a exigência duma fórmula que se insira num processo de criação que prossiga o modelo criativo que o autor altera consoante o movimento estagiário, os seus conhecimentos, a sua cultura, a sua colocação no espaço e tempo literários.
E se a vida pudesse ser mais autêntica?
Tiago Pereira. [Vila Verde]: Tradisom Produções Culturais, D.L. 2016 (livro com 8 DVD’s). Edição limitada e numerada com a série completa (26 episódios) da RTP 2 O Povo que Ainda Canta e como extra Cancioneiro Musical com filmagens que não foram emitidas na RTP e o roteiro das viagens do realizador Tiago Pereira! |
Um amor tem várias vidas. Caracas é uma cidade a ferro e fogo. A vida de Martingo e Divone também. O sequestro e a morte da filha, Íris, na selva colombiana, constituem um drama que os precipita num labirinto de dor. Martingo é mais duro de sentimentos, reage melhor à perda da filha, Divone vive enclausurada num estado de negação: para ela, a filha está apenas ausente e vai regressar um dia. Toda a sua vida comum acaba por desabar: os negócios, a família, a vida conjugal. Decidem abandonar Caracas e regressar à terra de Martingo, uma aldeia perdida no interior de Portugal, Campo de Víboras - lugar mágico por comportar as memórias de infância e por ser um sítio estranho, onde se passam coisas raras: bichos dentro das pedras, uma montanha que geme, minas de volfrâmio, lobos.
Ondjaki; ilustrações de Rachel Caiano. Alfragide: Caminho, 2014. Nesta estória, Ondjaki aborda o mito da origem das chuvas. Esta é a estória da deusa Ombela («chuva» em umbundo), a que aprendeu a fazer chover usando as suas lágrimas.
E se um dia chegasses à praia e não visses o mar? Esta é a história do dia em que o mar desapareceu sem aviso. Ou será que avisou?
Esta é uma história para os meninos que teimam em não gostar de sopa. No tempo em que os animais falavam havia dois irmãos gémeos que eram na verdade muito diferentes: o NOÉ era sério e carrancudo e o É andava sempre contente. O resmungão do Senhor Noé falava muito de dilúvios e catástrofes e discutia com a bicharada da selva, já o Senhor É gostava de ficar a descansar e a ouvir os legumes da horta a conversarem. Um dia começou a chover torrencialmente e o pessimista do Senhor Noé decidiu construir uma grande arca para abrigar os animais. O descontraído do Senhor É, quando percebeu que os legumes se estavam a afogar, foi colher os seus amigos à horta. O que se fez quando a água começou a baixar foi uma grande e deliciosa sopa para todos que deixou os animais saciados e bem-dispostos. Já o Senhor Noé, esse, nunca deixou de ser resmungão.
Da noite para o dia, o Samuel já mal cabia na cama, no quarto e nos sapatos. Pesava 538 quilos, só conseguia ver parte do focinho ao espelho e, o pior de tudo, agora tinha… um bigode! Como podia ele ir assim para a escola? Uma metáfora colorida e bem-humorada do crescimento, com a marca inconfundível da autora/ilustradora Catarina Sobral.
Rui Guedes; ilustrações de José A. Nunes. Leça da Palmeira: Letras & Coisas, 2017. Eis uma bela história, de um autor que se inicia na edição, Rui Guedes, sobre um problema de atualidade em todas as épocas: o problema da exclusão. A ação decorre em ambiente escolar e fala-nos dum menino 'diferente' que é marginalizado pelos colegas. Um dia, na biblioteca, tem um encontro misterioso com um livro. Esse encontro vai transformar a sua vida e a sua relação com os colegas. Uma bela metáfora sobre o poder mágico das palavras e a sua capacidade de modificar o mundo. A história é ilustrada por José Nunes dentro dum registo surrealista, o que é pouco habitual na literatura para a infância, mas com um resultado surpreendente.
É uma coletânea de poemas surpreendente, pelo humor da sonoridade, presente em onomatopeias e expressões idiomáticas, e pelo reencontro (novo e satírico) com algumas personagens que povoam o imaginário infantojuvenil (como O Gato das Botas, O Patinho Feio, O Lobo Mau e até O Capuchinho Vermelho). Trata-se, como o título sugere, de rimas carregadas de musicalidade que nos convidam a trautear os versos e a ensaiar alguns ritmos de dança. O colorido e a criatividade, presentes nas ilustrações de Rui Pedro Lourenço, harmonizam-se na perfeição com os versos, constituindo uma unidade que desafia à leitura e à diversão.
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2016
O CORO DOS DEFUNTOS Prémio LeYa 2015. Um belíssimo retrato do mundo rural português entre 1968 e 1974. Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos. Porém, na pequena aldeia onde decorre a acção deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna – espécie de divã freudiano do lugar – é disso que falam, até porque os jornais que ali chegam são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro. E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas: uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um penedo, a rapariga casta que coleciona santinhos sofre uma inesperada metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da cabeça. Quando aparece o primeiro televisor, as gentes assistem a transformações que nem sempre conseguem interpretar... CADERNO DE ABRANTES Eduardo Salavisa. Abrantes: Câmara Municipal, 2016. O livro “Caderno de Abrantes” reúne os registos gráficos dos espaços, vivências, tradições e pessoas com que Eduardo Salavisa se cruzou em 2015 durante a residência artística na cidade, realizada em simultâneo com a exposição individual.
O candidato a presidente da república é assassinado, após exercer o seu direito de voto. O filho segue uma carreira política, de presidente de câmara a deputado, enquanto tenta desvendar o mistério do pai, mas não consegue os seus intentos. No “corpus” literário as personagens principais são variadas. Desde o Cónego que ama Deus e as mulheres, o Coronel, militar de várias patentes, consoante o momento, casa rica, vários amigos, bom vivant, viajado, conhecedor de atores e atrizes estrangeiras, também pai de deputado, dá festas, afinal, com o dinheiro da mulher. Nunca foi militar. Destaca-se também, Celínea, pretensa namorada de Albano, rica, médica, poetisa, prostituta, amante da obra de Schubert, descobre-o também como escritor em Paris onde vai viver, exercendo a sua verdadeira profissão, com “Tête de Vache”, que morre em sua defesa. A mulher do candidato enlouquece e brinca na praia como criança. Afinal, o candidato… Deixo ao leitor o prazer de o encontrar no último capítulo. Importante: Este romance é preenchido com textos em itálico, como se o leitor, por vezes sem desviar os olhos, escutasse uma poética musical que integra o sentido e a escrita, a performance do romance.
Pêro da Covilhã rumou às Índias por terra, mas não regressou. Vasco da Gama chegou até lá por mar e regressou para receber todas as mordomias. D. Manuel I determinou que este seria então o capitão-mor de todas as armadas que partissem do reino em direcção às Índias. Porém, logo na primeira armada, a maior, a mais lustrosa, o seu nome foi afastado e a glória coube a Pedro Álvares Cabral. Porquê? Porque era odiado pela Igreja, pelos nobres, pelos comerciantes, pela Ordem Militar da Cruz Cristo e pela Ordem de Santiago? Porque era odiado por todos e tinha a admiração de D. Manuel I? Para encontrar a resposta que os livros de história esqueceram, vamos revisitar a vida de Vasco da Gama, a sua personalidade, as suas relações, os seus ódios e a sua ligação ao rei D. Manuel I. Poderemos julgar um homem à distância de quinhentos anos?
presente na obra de Hélia Correia, desagua agora neste livro de poesia, onde a Grécia clássica surge como farol e como impossibilidade: «Para onde olharemos? Para quem? / Certo é que Atenas se mantém oculta / E de algum modo intacta, por debaixo / Do alcatrão, do ferro retorcido. / Certo
António Augusto da Silva Martins, bateu o seu primeiro recorde nacional há mais de 100 anos e foi olímpico há mais de 90. Os seus triunfos desportivos inultrapassáveis, incluindo um campeonato do mundo, talvez não fossem tão importantes, se ao mesmo tempo que, além de médico-cirurgião, investigador, artista, patriota e marido e pai exemplar, não fosse uma alma de eleição, tolerante, sensível ao sofrimento dos outros, solidário e respeitador dos Direitos Humanos, não se lhe conhecendo inimigos. |
Júlia Nery. Lisboa: Sextante, 2012. Da Índia, com amor dá-nos as cores, formas, luz e sombras das figuras, ambientes e emoções de um vasto painel da presença dos portugueses em Goa, na época da sua afirmação no Oriente. Com Joana e Violante, órfãs d’el-rei, viajamos na Carreira da Índia. Joana nos fará testemunhas da sua viagem interior, por dentro da saudade, amor e aventuras, dúvidas de si e da sua fé, abalada pelo confronto com outra cultura, até ao momento em que, naufragada, despojada, perdida em terras de cafres, ouvimos as últimas palavras da sua narrativa: sei quem sou. A narração do futuro caberá a outros.
A História de Abrantes, desde a pré-história mais remota até ao ano do centenário.
Manuela Ribeiro; ilustrações de Carmo Van Damme. Leiria: Textiverso, 2016. Integrados num programa de intercâmbio com uma escola do Porto, o Miguel, o Ricardo e os gémeos que os acolheram durante aqueles dias vão participando com entusiasmo em todas as atividades até ao momento em que, para tentarem apanhar um carteirista, decidem começar a agir por conta própria.
Esta aventura desenrola-se entre uma pequena cidade e um Bosque Mágico onde a Fada das Camélias, com os seus amigos animais a ajudam a praticar o bem e a proteger de quem quer fazer o mal. A professora dos olhos tristes, porque não tinha meninos a quem contar histórias, encontrou alguém deste bosque que a ajudou a ter olhos sorridentes... É uma história linda, com algumas peripécias... mas onde existe muita alegria, amizade e partilha.
Diferente, mas contente, Flu é a heroína desta estória mágica. A sua curiosidade infinita leva-a querer tocar nas cores do arco-íris. Na capa, a genialidade do título, a frescura da colorida ilustração cativa-nos e desafia-nos a abrir, folhear e ler as aventuras que ali se escondem. Afinal, o que significará esta nova palavra? Poderemos também nós, leitores, Barbatanar nas cores do arco iris? Qual será a cor da amizade? E do amor? Mas Flu não barbatana sozinha, todas as personagens que a rodeiam têm a sua função, ora guiando-a pelos cantos e recantos daquelas águas, ora acompanhando-a nas suas
Quando não tinha mais histórias para contar, o avô foi procurá-las.
O gato, na realidade, morreu.
Que tal um fim-de-semana de campismo por terras do Ribatejo, com touros, cavalos e mais alguma bicharada? Vai com a Cláudia. Ela e os amigos estão como sempre à tua espera. Não faltes!
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2015
É numa insuspeita viagem de comboio que António Mota encontra a inspiração para este pequeno grande dicionário, recheado de palavras que fazem voar a imaginação. Depois de muito procurar e guardar, muito pensar e escolher, o autor dá por concluído o trabalho. Mas o teu… não! É a tua vez de descobrires as tuas próprias palavras sonhadoras!
Poemas alinhavados por Carmen Zita Ferreira e desenhados, cosidos e ilustrados por Sara Cunha, em Dois dedos de conversa cabem gatos, mochos, cães, tigres, melros e corvos, afetos de mãe, ensinamentos de tia, sonhos traçados pelo mar e pelo ar, estrelas do passado e projetos para o futuro. É um livro de poesia para a ser lido em alta voz, sussurrado ao ouvido, cantado em uníssono ou entoado a várias vozes a e com as crianças, proporcionando momentos de fruição partilhada. As suas ilustrações foram distinguidas com o Children’s Book Merit.
É um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, para apoio a projetos relacionados com cidadania para os 3º, 4º, 5º e 6º anos de escolaridade. Segundo Eduardo Marçal Grilo, no posfácio, "Esta história […] é uma dessas que nos encanta e que ainda nos ensina como é importante ser bom, justo, humilde, determinado, honrado, sabedor e imparcial".
Não é justo, Alice! é um livro recomendado para crianças dos 3 aos 6 anos e aborda as temáticas da família e da justiça. Ilustrado por Joana Raimundo, uma das figuras mais promissoras da ilustração nacional, é uma obra recomendada pelo Instituto do Desenvolvimento e Estimulação do Potencial Humano que retrata de forma simples e objetiva os pensamentos e sentimentos de uma criança quando sente que cometeu uma injustiça.
O livro dos livros! Quem, de entre os apaixonados pelos livros, nunca sentiu que o mundo se transforma à sua volta por influência do que está a ler? "Se Eu Fosse Um Livro" fala desse objeto mágico e cativante que pode mudar uma vida.
Alguém comparou a mulher que se viu voar maquela manhã da janela de um quinto andar de Paris a um anjo. Mas não era um anjo, era Jeanne: Jeanne Hébuterne, a menina-viúva, grávida de nove meses, de um dos artistas mais desprezados em vida e mitificados na morte que o século XX viu surgir – Amedeo Modigliani. Diz-se que no funeral de Modigliani, para além de artistas, amigos e população dos bairros boémios de Paris, abundavam os marchands, fazendo ofertas pelas obras que o pintor, que dependera da bondade de amigos para a sobrevivência básica, nunca conseguira vender. Tinha 35 anos e estava gasto.
Água das Casas, no extremo norte do concelho de Abrantes é um pequeno núcleo urbano que com a construção da Barragem de Castelo de Bode, em 1951, e consequente subida das águas, se transformou numa pequena península.
Tiago Patrício. Lisboa: Gradiva, 2015. "O princípio da noite" deixa antever a ameaça que paira nos bairros de emigrantes da Europa. Transmite o som aterrador das botas cardadas pelas ruas, à espera de tomarem as praças principais, mas também desce ao Norte de África através da linha de separação entre norte e sul, onde se escuta a chamada para a oração e se sente a asfixia dos habitantes condenados a viver entre a bigorna dos grupos religiosos e o martelo dos generais.
Cada doente possui uma história para contar. Foi o que descobriu Alice, uma médica tarefeira do Centro de Saúde, quando escutou aquele casal de idosos. Chamou-lhes provérbios, mas eram diatribes, tiradas ao desafio entre homem e mulher. Que importância terá isso? São pretextos para os doentes e os médicos se encontrarem e se conhecerem, sabendo, como ensinou Elliott Mishler, que uns e outros possuem mundos distintos, cada um com a sua linguagem própria. Quando os doentes conhecem o diagnóstico da sua doença, entram subitamente num país estrangeiro em que são obrigados a entender e a falar outra língua diferente da sua, o jargão médico, tal como a pequena Alice Lidell fez, quando abriu a porta de um jardim onde nunca tinha estado. Este é o primeiro livro escrito por um médico português na área da Medicina Narrativa.
Mário Cláudio. Alfragide: Dom Quixote, 2015. Com O Fotógrafo e a Rapariga, conclui Mário Cláudio uma trilogia dedicada às relações entre pessoas de idades muito diferentes, iniciada em 2008 com Boa Noite, Senhor Soares - que recria o microcosmo do Livro do Desassossego, trazendo para a cena um aprendiz que trabalha no mesmo escritório de Bernardo Soares - e continuada em 2014 com Retrato de Rapaz - fascinante relato da vida atribulada de um discípulo no estúdio do grande Leonardo da Vinci. No presente volume, os protagonistas são o britânico Charles Dodgson, que se celebrizou com o pseudónimo Lewis Carroll com que assinou, entre outros, o clássico Alice no País de Maravilhas, e Alice Lidell, a rapariga que o inspirou, posando provocadoramente para os seus retratos e alimentando as suas fantasias. |
Serra Morena. Um raio esturrica o casal, em luz e carne. Os filhos ficam órfãos, com destinos diferentes. Antônio, o menino que não cresce. Nico, o patriarca engolido por um bule de café. Júlia, a menina em fuga permanente. Um lugar onde as sombras da terra e da água convivem. Onde a morte e a vida são o mesmo mundo. Um poema seco à humanidade de cada um de nós. Uma escrita áspera mas poética, desenhada com a vertigem das memórias da família Malaquias, e que evolui como tributo pessoal da autora aos seus antepassados. Transcendental e mágico, este romance do insólito revela-se uma leitura para o coração. Um livro forte, aclamado, invulgar. Vencedora do Prémio Literário José Saramago 2011. Finalista do Prémio São Paulo de Literatura e do Prémio Jabuti, na categoria romance, ambos em 2011.
A saga de uma mulher, Jacinta Sousa, que foi levada do colo da mãe para o Brasil aos três anos e regressa para a conhecer mais de cinquenta anos depois é o ponto de partida deste extraordinário romance de Inês Pedrosa. "No Brasil eu sempre fui a Portuguesa; em Portugal, passei a ser a Brasileira". Numa escrita inteligente, límpida e plena de humor, a autora cria um universo singular, uma aldeia em que se cruzam personagens e histórias de vários continentes. Emigrações e imigrações de ontem e de hoje, seres solitários e escorraçados que procuram novas formas de vida, enquanto tentam sobreviver à maior depressão económica das últimas décadas. O amor, a traição, o poder, a inveja, o ciúme, a amizade, o crime, o medo, a vingança e sobretudo a morte atravessam este livro que faz a radiografia do Portugal contemporâneo, num enredo cheio de força e originalidade.
No estilo simples, analítico e crítico que lhe é particular, Joaquim Vieira, jornalista de renome e com larga experiência em ensaio de divulgação histórica, faz o retrato dos 40 anos de democracia em Portugal: começando no momento eufórico da revolução e na conturbada consolidação democrática; passando pela euforia de adesão à União Europeia e pelo acelerado desenvolvimento; terminando na célebre intervenção da Troika no país, momento definidor (e arrasador) para diferentes gerações de pessoas.
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2014
Em 1847, na pequena vila de Inhambane, um punhado de famílias esquecidas pela coroa portuguesa luta heroicamente para impor uma nova civilização em território africano. | BIBLIOTECAPESSOAL José-Alberto Marques. Lisboa: Chiado Editora, 2014.
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2013
| ALGUMA DOR CURA A ALMA Carlos Ferreira. [S.l.]: Chiado Editora, 2012.
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2012
| REXISTIR Santana-Maia Leonardo. Lisboa: Hugin, 2002.
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2011
Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.
| UMA NOITE NÃO SÃO DIAS: INTRIGA E PAIXÕES NO ESQUISITO ANO DA 2044 Mário Zambujal. Lisboa: Planeta Manuscrito, 2010.
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2010
Esta é a história do amor de duas mães pelos seus filhos. O filho de uma morreu para honrar os valores do pai, a outra morreu para que o seu filho pudesse viver. As duas mulheres, uma portuguesa e uma angolana, são a avó e a mãe deste neto, órfão-feiticeiro, que nasceu já com dentes, um sinal que levou a prever que seria dotado de poderes extraordinários. A sua mãe temeu que ele tivesse o destino das kindoki, as crianças-feiticeiras de África, abandonadas pelas famílias que as julgam responsáveis pelas desgraças que caem sobre elas e por isso o defendeu até à morte. | OS DIAS DE SATURNO Paulo Moreiras. Matosinhos: Quidnovi, 2009.
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2009
“Como as substâncias se separavam logo à partida, entre as que avançavam com a vontade própria e as que esperavam com a obediência estática (e nisso dividiam-se como alguns homens). Os sapatos eram a obediência pura, a escravidão mesquinha, enojavam-lhe naquele momento; a sabujice destes materiais em relação ao homem. Nenhum cão é tão sabujo como estas substâncias. Não há possibilidade de diálogo entre substâncias que nascem logo em campos opostos, em campos, não inimigos, que isso seria pensar na possibilidade de elevação do homem que agarra na arma para combater; ali, pelo contrário, o afastamento não era entre substâncias inimigas ou entre dois predadores que se preparam para combater por um pequeno território; tratava-se simplesmente de passividade absoluta de um lado, e do outro energia forte, que constrói ou destrói, mas que modifica sempre. Não somos uma coisa que espera, murmura Mylia, enquanto avança a passos fortes para a igreja.”
«Com a nova literatura estamos por assim dizer num mundo da morte entre parênteses. Talvez nenhum autor comunique melhor esse sentimento que o autor de Jerusalém, Gonçalo M. Tavares. Chegou para ficar, num espaço só seu.» Eduardo Lourenço «É em torno da ausência da felicidade, num vazio que insidiosamente se enche de dor e de loucura, que Gonçalo M. Tavares constrói o fabuloso Jerusalém, um livro [...] que evoca a sombra de Kafka, os filmes do expressionismo alemão e as telas de Anselm Kiefer.» Helena Vasconcelos
| OS TRÊS SEIOS DE NOVÉLIA Manuel da Silva Ramos - Lisboa: Dom Quixote, 2008.
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2008
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Sabem lá o que pode acontecer durante um dia num colégio que tem como alunos o guloso Menino Gordo, o Alfeu Cientista Maluco e o malandreco do Zé Nabo? Até a doutora Purificação, ao entrar na aula da professora Anita Mosca Morta, espalhou pelo chão os ossinhos do esqueleto. Enfim, um dia levado da breca.
Maria, que traz um filho dentro da barriga, conta à sua filha a história da sua infância. Uma história simples, de uma criança feliz. Histórias para crianças contadas a adultos? Postais para adultos lidos a crianças? Romance de terror, ou para meter medo ao medo? Relatos fantásticos, ou retratos do quotidiano banal? Sonhos ou pesadelos? Alucinações ou pressentimentos? Memórias de infância, ou ecos de outro universo? O herói, um fedelho chamado Miguel, com a mãe doente e o pai ausente, não tem superpoderes (aliás, possui superfraquezas), gosta de trocadilhos e pirraças, mas não é para brincadeiras: pode vencer os grandes deste mundo, e dos outros. Trata-se da primeira visita de Nuno Rogeiro ao continente da ficção. Na sua pré-história, este livro era uma série de contos, destinada a convencer os filhos do criador a comerem. Depois galgou as margens e tornou-se incontrolável, ganhou vida. Com um pequeno ensaio «pedagógico» (ou subversivo?), ilustrações do autor, homenagens aos clássicos do género (qual?), e alguns desafios aos leitores, aqui ficam, em prato raso, histórias para comer. Quer dizer, As Aventuras do Miguel. |
2007
| AS NAUS DE VERDE PINHO: VIAGEM DE BARTOLOMEU DIAS CONTADA À MINHA FILHA JOANA Manuel Alegre, ilustrações de Afonso Alegre Duarte. Lisboa: Caminho, D.L. 1996.
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2006
O GOSTO DOS OUTROS Agnis Jaqui; actores Jean-Pierre Bacri e Anne Alvaro.
MON SOUVERAIN DESIR: CHANSONS Ensemble Gilles Binchois.
REVISTA ATLÂNTICA DE CULTURA IBERO-ATLÂNTICA
| CONTOS DA MATA DOS MEDOS Álvaro Magalhães; ilustrações de Cristina Valadas. Lisboa: Assírio & Alvim. Almada: Câmara Municipal, 2003. ISBN 972-37-0856-6
Contos da Mata dos Medos é um projecto de dois autores - Álvaro Magalhães Álvaro Magalhães escreve e Cristina Valadas ilustra - que tem um sentido fortemente ecológico. A Mata dos Medos, onde se desenrola esta história, é um pedaço do concelho de Almada. Com uma paisagem única, rica em tons e aromas, dádiva generosa da natureza, que estes contos dão a conhecer com a ajuda de uma galeria de personagens que assumem as características dos contos tradicionais. As referências do escritor às espécies vegetais e animais foram verificadas por uma equipa de revisão técnica, que assegura a fidelidade na informação sobre estes habitats, o que é de louvar numa edição para crianças.
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2005
UNS E OS OUTROS Claude Lelouch. Actores Robert Hossein, Nicole Garcia. DVD.
Elvira Santiago; il. Joana Quental, Alberto Péssimo. Lisboa: Bichinho de conto, co. 2004. ISBN 972-99401-0-X.
Jorge Coelho Lopes, dir. Lisboa: GrupoV, 2005.
Francisco Camacho, dir. Lisboa: Global Notícias.
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Chema Heras; il. Rosa Osuma ilustrada por Carline e Renne. [S.l.]: Kalandraka, 2003. ISBN 972-8781-16-4.
Michael Moore - DVD
SER SOLIDÁRIO José Mário Branco - CD audio.
DO SOL
D. QUIXOTE DE LA MANCHA Trad. e adapt. Maria Ponce; Miguel de Cervantes. Lisboa: Vega, [s.d.]. Comemora-se este ano o quarto centenário da publicação do clássico «D. Quixote de la Mancha», de Miguel de Cervantes. Por todo o mundo, multiplicam-se os eventos que assinalam o aniversário da primeira edição daquele que é o segundo livro mais lido e traduzido a seguir à Bíblia. Pedir aos mais novos que o leiam é certamente um bom investimento que eles mais tarde nos agradecerão. Nesta edição juvenil, D. Quixote de La Mancha continua a ser um fidalgo de lança velha, escudo ferrugento e cavalicoque magro e pronto para se envolver em aventuras com o seu fiel escudeiro Sancho Pança.
MAGAZINE ARTES Pedro Teixeira Neves, dir. Algés:Preâmbulo Edições, 2005. Mais de 100 páginas, repartidas pelas áreas da literatura, artes e espectáculos.Esta é uma revista onde o espaço dedicado ao panorama artístico em Portugal, seja cinema, teatro, artes plásticas, literatura, música ou dança é repartido entre textos e muita fotografia. Gonçalo Tavares, escritor português que traça os novos caminhos da literatura nacional, e Ondjaki, escritor angolano que escreve sobre a literatura angolana em particular, e dos PALOP de uma forma geral, são apenas dois exemplos de cronistas presentes nas edições actuais ao lado de Pontos nos Is a rubrica dedicada à política cultural.
Hans Christian Andersen; ilustrado por Lisbeth Zwerger. Porto: Edinter, 1994.
TEATRO 1 Bertold Brecht. Lisboa: Cotovia, imp. 2003.
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2004
Gaiteiros de Lisboa.
LUST Elfriede Jelinek. Lisboa:Editorial Estampa, 1992.
Ondjaki. Lisboa: Caminho, 2004 ISBN 972-21-1626-6.
AUDIO & CINEMA EM CASA e PRODUÇÃO ÁUDIO: REVISTA DE SOM E LUZ PROFISSIONAL
Wim Wenders / Buena Vista Social Club Ry Cooder CD audio Videocassete VHS / DVD.
Bérénice Capatti; il. Octavia Monaco. Lisboa: Orizonte, 2004 ISBN 972-24-1300-7.
José Pedro Castanheira, Valdemar Cruz. 5ª edição Lisboa: Temas e Debates, 2004 ISBN 972-759-703-3.
GOSTAM TODOS DO PATETA Dvd.
JORGE SILVA MELO
Colecção Chaplin. Dvd. O garoto de Charlot é apenas uma das recentes edições, em dvd, da extensa obra de Charles Chaplin. Uma nova transferência digital, feita a partir dos arquivos da família Chaplin, com elementos áudio. Cada título contém dois dvd's, onde são incluídos muitos extras: documentários, versões inéditas, fotografias, etc. Algumas das cenas memoráveis de "O garoto de charlot" incluem uma excepcional lição sobre bons modos à mesa, uma briga com um durão e os sonhos angélicos do vagabundo. Um filme imortal. Mário de Carvalho; il Pierre Pratt. Ambar.
| FANTASIA PARA DOIS CORONEIS E UMA PISCINA Mário de Carvalho. Caminho.
Homero; trad. Frederico Lourenço. Cotovia.
Cd audio.
José Saramago. Caminho. Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, uma voz maior da literatura universal, escolheu Abrantes (e a Biblioteca Municipal António Botto) como um dos locais de lançamento do seu novo livro, "Ensaio Sobre a Lucidez Criticando várias instituições e figuras portuguesas, Saramago já admitiu este trabalho como sendo "polémico" e podendo provocar mais celeuma do que "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", editado em 1991. Tendo no currículo, além do Nobel, o Grande Prémio APE (1991) e o Prémio Camões (1996), entre outras distinções, Saramago estreou-se com "Terra do Pecado", em 1947, e já publicou 35 títulos, encontrando-se actualmente editado em mais de 30 países.
Director Mário Assis Ferreira.
Directora Luísa Costa Gomes.
Daniel Sampaio. Caminho.
Escrito e ilustrado por Helen War. Caminho.
Joni Mitchel.
Claude Nuridsany e Marie Pérennou.
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2003
Ron Howard Russell Crowe e Ed Harris.
L. Frank Baum; ilustrado por Lisbeth Zwerger.
Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Manuel Hermínio Monteiro.
ERA UMA VEZ A BUBLINA Manuela Bacelar. Desabrochar. Bublina é uma bruxinha muito especial. Vive no país da magia e viaja para todo o lado com o seu amigo Gráfiko, o gato. Tem uma palavra mágica, é claro... Desta vez foi ao país das cores, e como não podia deixar de ser, meteu-se em sarilhos.Esta história é contada pela Manuela Bacelar que nasceu em Coimbra em 1943. No Porto frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis e na Checoslováquia frequentou durante seis anos a Escola Superior de Artes Aplicadas, tendo terminado o Curso de Ilustração. Dedica-se à ilustração, à escrita e à pintura, contando já com muitas exposições individuais e colectivas. | O VELHO QUE LIA ROMANCES DE AMOR Luís Sepúlveda trad. Pedro Tamen. Asa.
António Torrado, Livraria Civilização.
[DVD]. Este filme é uma comédia/romance do cinema europeu e pode-se contar assim:Não é feliz a vida de Amélie. A mãe morreu no adro da Catedral de Notre-Dâme e o pai transferiu todo o seu afecto para um anão de jardim. Aos 22 anos, empregada de mesa em Montmartre, Amélie decide reparar a vida dos outros. Eis as suas vítimas: a porteira, que chora pelo seu marido desaparecido, a hipocondríaca Georgette, e o "homem de vidro", eterno falsificador de Renoir. Um dia, Amélie conhece Nino. Empregado em "part-time" num combóio fantasma e numa sex-shop, é um coleccionador de fotografias abandonadas à volta das Photomatons. O jogo das escondidas vai começar...Juntamente com o filme apetece igualmente recomendar a banda sonora de Yannn Tiersen. La valse de Amélie ficará certamente no ouvido a vai ser bom ouvi-la muitas vezes - Amélie from Montmartre. [cd audio]. Composição de Yann Tiersen. França: BMG.2001.
Rodrigo Leão. Sony Music Entertainment.
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2002
O MARINHEIRO QUE PERDEU AS GRAÇAS DO MAR Yukio Mishima. Assírio e Alvim.
OS DOIS IRMÃOS Germano Almeida. Instituto Nacional de Investigação Científica: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra.
Jorge Amado. Europa-América.
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José Gomes Ferreira. Dom Quixote.
Charles Lloyd
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2001
Manuel Hermínio Monteiro, dir. editorial. Assírio & Alvim.
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